sexta-feira, 26 de setembro de 2008

De repente, o choro...

Do nada, sem motivo nenhum aparente, as lágrimas brotaram nos meus olhos e descontroladamente, comecei a chorar...
Sim, talvez eu saiba o motivo destas lágrimas, mas não queira admitir...
É horrível demonstrar fraqueza perante os seres humanos, mesmo os que te são mais queridos...
Como eu disse no post anterior, talvez seja essa minha inércia camuflada, talvez a frustação do dia-a-dia, talvez a falta do amor, do calor, do olhar... Talvez a falta de compreensão minha, dos outros, do mundo... Talvez não seja nada disso, talvez seja tudo isso e mais um pouco...
Pobre diabo eu sou, que me revelo nestas linhas virtuais que pouquíssimos lêem... Desvelo uma transparência que poucos conhecem, afinal tenho que ser forte para encobrir a imperfeição deste ser humano parco...
Cansei, cansei... quero fugir... Não! Quero parar de fugir e encarar o ser humano que sei que é melhor do que esta casca externa aparenta...
Hoje, a primavera foi embora de mim e amanhã, se o sol brilhar, quiçá eu volte a ser primavera...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Conscientização

Talvez tenha tomado consciência de certas coisas que deveriam já estar em minha cabeça, mas é bem difícil percebê-las e assumir as mudanças... Quando é que eu vou achar que cresci o suficiente para tomar consciência de mim mesma? Tô cansada disso mas não faço nada para realmente mexer nesses dogmas inventados por mim mesma... Sei lá... Tô cansada, de verdade... Vou dormir...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Para refletir...


...mas então morremos, e morremos sós. Não faz diferença alguma se somos ricos ou pobres, conhecidos ou desconhecidos. A morte é a grande niveladora. No cemitério todos os cadáveres são iguais.
Nossos relacionamentos uns com os outros são como o encontro casual de dois estranhos num estacionamento. Um olha para o outro e sorri. Isto é tudo o que se passa entre eles. Vão embora e nunca mais tornam a se ver. É isso que é a vida - apenas um momento, um encontro, um passar, e então ela se vai.
Se você compreende tudo isso, não há tempo para brigas. Não há tempo para discussões. Não há tempo para machucarmos uns aos outros... não há tempo para qualquer coisa que seja menos do que verdadeiramente apreciarmos a breve interação que temos uns com os outros...
Se você for capaz de se colocar no lugar do outro, você vai se dar conta de como é destrutivo ferir ou matar um outro ser, mesmo um inseto. A vida é a vida, e todos os seres querem viver. Se você olhar os outros por esta perspectiva, você fechará a porta para o próprio sofrimento...



Chagdud Rimpoche

S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche

Este grande mestre de meditação, um dos últimos mestres a receber treinamento completo ainda no tibete antes da invasão, a mais expressiva voz dos cantos tradicionais tibetanos – um professor precioso entre os professores preciosos – esteve conosco no Brasil por oito anos, mais especificamente em Três Coroas/RS, onde construiu o único templo tradicional tibetano da América Latina, vindo a falecer ali, em 2002.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

E ainda é inverno...



Observo os ipês amarelos da Marechal Floriano com a Antônio Prado e fica na boca, o gosto da primavera... Cores, flores, amores...
É época de apaixonar-se... nem que seja por si mesmo...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Desisto... Não nasci pras grandes idéias... Pros grandes escritos... Pras frases feitas...
Hoje, é só... Tô quase desistindo desse negócio de blog...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pra mágoa passar...

Drão!
O amor da gente
É como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer prá germinar
Plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela noite escura...
Drão!
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão!
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe, Deus sabe
A minha confissão
Não há, não há
O que perdoar
Por isso mesmo é que
Há de haver, há de haver
Mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão
Drão...
(DRÃO - Gilberto Gil)

sábado, 13 de setembro de 2008

mais uma das minhas dores de cotovelo...

Mais uma vez encontro em mim o cheiro que há em teus lençóis...Ilusão pois sei que não existe algo entre nós.. Eu não sei se teus ouvidos estão prontos pra me ouvir...Pois não te vejo mais, não sei mais como você é.... Quis dizer pra você que nada vai fazer voltar o tempo que eu perdi tentando te falar que eu não consigo respirar...

quero deixar registrado que tirei isso do blog:http://lapetitebavard.blogspot.com/

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Carpinejar

Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez é pouca perto de um olhar insistente. Medo de não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que a criou para aquecer suas mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que poderá sumir, o que poderá desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que ele seja um poeta, medo de que ele seja amoroso, medo de que ele seja um pilantra, incerta do que realmente quer - talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de ofercer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio; afinal, você e o tédio, enfim, se entediam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartí-lo com mais ninguém, nem com o passado dele. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que as suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele acorde ao ouvir sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada, e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender a atenção dele. Medo da independência dele, da sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar às aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada.
(CARPINEJAR, Fabrício; O amor esquece de começar, p. 30-32, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006)

Wishing you'll never read this

Caríssimo
Fortes são os meus sentimentos com relação a sua pessoa.
Não sei dizer se são amor ou simplesmente atração ou puramente paixonite.
O que sei é que agora que eu decidi te esquecer é difícil te olhar e ter que ignorar tua presença morena.
Queria que fosse fácil e indolor, mas não vai ser.
Te olho e percebo a burrice que fiz em não lutar por ti, em decidir não enfrentar a batalha de te conquistar.
Frustei-me por ser tão incapaz e por me sentir tão não merecedora dos teus olhares.
Burra!
Pobre diabo, eu sou!
Me perdoa por não ter te feito merecer, me perdoa por te querer assim tanto e não querer me matar pra te ter, me perdoa, enfim.
Quiçá, um dia, eu seja do jeito certo, do jeito que se deve ser. Pena que, talvez, seja tarde demais.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ulisses e as tentações

I thought I had a brave heart, just like in that movie, but I saw that I'm only human, flesh and bones. And because of this peculiar detail, I have to resist. Just like that man in the picture, like Ulisses... I have to keep my head up high, and keep moving on up... I'm strong... I don't want to give up... Not this time...


Resista, Carina... Vá em frente... Muitas são as provações...
Mas por isso mesmo, é que a vida vale a pena...

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Frio

Na batalha de todo o dia, percebo que não batalho pelo que me faz feliz e me sinto revoltada e triste e cansada de ser essa pessoa amarrada por essas cordas de marionete invisíveis. Hoje me entristeci por ter maquinado mil planos, mil frases, mil coisas pra te dizer naquele exato momento e, de repente, eu mais uma vez, amarrada aos meus sentimentos de culpa e medo e receio, não movimentei os lábios para falar umas simples palavras que poderiam ter feito toda a diferença. What a difference a day, a word, a movement makes. Sinto um cansaço próprio daqueles que não sentem vontade de viver e me sinto propriamente como o dia lá fora: frio, chuvoso e cinza. Procuro o colorido e desabafo em linhas virtuais que tu nunca vais ler. Mais uma vez, tomo a decisão de te esquecer e acho que na próxima segunda feira, quebro ela de novo. Seja o que Deus quiser, ou eu me arrebento de novo ou te tiro da minha cabeça, pois nem sei se ainda sinto meu coração.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

It beats

E aquele coração que um dia bateu por ti, hoje só bate porque é a sua vocação.