sexta-feira, 29 de agosto de 2008

(Des)apontamentos

Me desaponta a falta de criatividade do ser humano. Nos amarramos a uma rotina sem sentido e nos queixamos do tempo, senhor implacável, a passar.
Se fôssemos, um bocadinho que seja, mais criativos, o mundo seria bem mais agradável.
Sairíamos pra passear em dia de chuva com guarda-chuvas coloridos.
Vestiríamos camisas listradas e calças xadrezes sem medo de errar a combinação.
Beijaríamos a quem achássemos bonitos, interessantes e cheirosos.
Falaríamos o que sentimos sem medo da decepção.
Encarar a vida com criatividade é usar meia cor-de-rosa com sapato verde, é pedir café com leite e sal pra adoçar, é comer brigadeiro em dia de enterro pra celebrar a vida de que se foi, é fazer festa no trabalho...
... Ploft!
Lá se vai mais um devaneio! E esse era perigoso!
Olha lá... mais umas loucurinhas a voar na imensidão do céu!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

H2O + C55H72O5N4Mg = água e clorofila

Lá fora está chovendo, ouço os pingos caindo sobre a grama e fantasio mil coisas sobre essa cena de milênios.
Essa água que recai, agora, sobre o gramado, já foi rio, já foi mar, já foi poço.
Essa grama que recebe a chuva, já foi seca, já foi verde.
É frio... mas não sinto o frio, só o seu reflexo. Pés gelados, arrepios, calor do casaco.
É noite... as pessoas, em suas casas, estão intimidadas. Como todos os dias na cidade de cima da serra, a ben"dita" pérola.
Quanto tempo mais ainda a chuva há de cair por sobre a terra?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

wednesday

Verificar que as pessoas precisam de incentivo pra elas mesmas fazer as coisas de que precisam é, realmente, desapontante. Mesmo que eu pertença a essa (des)classificação da raça humana. Eu mesma preciso que me mandem, se não, não vou.

Triste conclusão: Mas pra quê ir, se a gente vai ter que voltar?

...


A felicidade mora ao lado... Ver os outros ao redor felizes, te deixa, senão, feliz. É contagioso, tal qual bocejo.

...

Que os sonhos se realizem, as vontades sejam feitas e os incentivos nos impulsionem mais além.

Au revoir, mon chér.

domingo, 24 de agosto de 2008

The first one!

Bom dia, boa tarde, boa noite!
Escrever não é assim uma experiência tão nova pra mim, mas creio que talvez seja bom pra poder colocar no papel (sic!) coisas que são reflexões interiores do que veja com os olhos exteriores.
Em primeiro lugar é bom me apresentar...
"Orgulhosa, irritadiça, irritante, irradiante, palhaça, menina, mulher, arquiteta, filha, psicóloga, ouvinte, falante, insegura, lutadora, vivente, vivida, ativa, reclamona, chorona, risonha, sorridente, viajante, criativa, amiga, paciente, bobona, abobada, avoada, abusada, descarada, tímida, falante, festeira, faceira..." (Já usei essa descrição em outra situação, por isso o uso das aspas - hahahahaha quanta formalidade!)
Enfim, chego a conclusão que sou uma ser humana normal com todas as falhas possíveis e os acertos mais improváveis.
Resolvi depois de algum tempo, seguir o conselho de uma boa e sábia amiga que me disse que talvez fosse bom ter um blog e aqui estou eu, escrevendo, agora em linhas virtuais...
Mas se é pra reunir impressões... aqui estão...


Hoje olhei novamente por aquela paisagem na janela do ônibus que sempre me foi tão familiar... O sol a baixar, encostando no rio que é lago, destilando seus dourados e me deixando com o gosto peculiar da melancolia que me acompanha nestes dias...
Tudo ainda parece igual, como foi durante os onze anos que se passaram, mas eu sei que é diferente. Eu estou diferente. E por isso, nada mais é igual.
Ai... que triste... mas é que chegar a conclusão que você mesma está diferente não é uma coisa fácil de se admitir.
Ainda sinto muito a falta de Porto Alegre e de tudo que deixei por lá. Muito, veio junto; outras coisas, não dá pra trazer.
Mas, justamente, por saber que eu também estou diferente, é que eu sempre retorno... pra deixar minha nova impressão, pra ver se consigo trazer mais alguma coisa na bagagem no final da tarde de domingo...
Boa noite, até amanhã. Chega de non-sense!