quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vidente

Eu queria ter uma bola de cristal e adivinhar o futuro... "Eu vou casar? Ter filhos? Ficar solteira pro resto da vida? Ser uma velhinha arretada?"
Queria ser cigana e ver o que vai acontecer com as minhas amigas... Futuro profissional, escritório de sucesso???? Marido, filhos, cruzeiro pelo mundo??? Saúde, sorte, felicidade???
E a minha família??? Quanto tempo mais até o derradeiro adeus???
Realejo, tarô, borra do café??? Qual o método mais eficiente???
Quantas perguntas sem respostas, interrogações sem sentido, qual o limite pra tanto questinamento?
Os astros já traçaram meu destino ou eu vou ter que fazer o serviço sujo???

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Saudades

Já ando com saudades destas linhas virtuais e saudosa da minha verve poética que há tempos não se pronuncia mais...
Penso que seja caso de polícia procurar por esta estigmada figura que não vejo mais no espelho da minha imaginação...
Seria fácil contar histórias e imaginar tramas para descrever nestas linhas paixão, romance, lúxuria, intrigas, suspense, aventuras, relações e relacionamentos...
Escrever não é meu melhor pretexto, mas é a minha maneira de fazer parte de um mundo de mentirinha em que a imaginação comanda...
O devaneio é a forma mais certa de prazer no momento.
Quem sabe, eu ainda me tropece por aí comigo e voltemos nós duas a despejar pensamentos dissonantes por aí...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Como dizia o Verissimo: "Poesia?!? a uma hora dessas?!?"

E se um dia eu for folha...

que o vento me sopre pra bem longe daqui...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Conselhos da velhice precoce

Ame. Muito. Loucamente.
Apaixone-se. Várias vezes ao dia.
Coma.
Beba.
Cante.
Dance.
Ria.
Sorria.
Revele-se. Aos poucos.
Esconda. O suficiente. Pra não levantar suspeitas.
Vire-se.
Quebre. Tudo. A cara.
Morda.
Lamba.
Vista.
Dispa.
Cubra.
Aceite.
Negue.
Renegue.
Invista.
Resista.
Machuque.
Desculpe.
Reconquiste.
Derrote.
Ganhe.
Salve. A si. A outro.
Reserve.
Chore.
Desespere-se.
Perca. A razão. O medo.
Encontre. A paz. Um grande amor.
Vá. Fundo. Além. Pra qualquer lugar.
Ouse.
Recolha.
Invente.
Projete.
Construa.
Destrua.
Remonte.
Leia.
Veja.
Ouça.
Cheire.
Sinta.



Viva!
Eu. Tu. O rabo do tatu!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ao meu caro professor...

Caríssimo Prof. João:
Como vais? Espero que estejas bem, porque eu acho que estou. Finalmente, estou em Caxias, como tu vivias me perguntando. Agora, da próxima vez que me perguntares, a resposta será afirmativa.
Voltei pra minha cidade natal e percebo que esta não é mais a mesma que deixei. O desenvolvimento urbano e o crescimento sem controle se instalaram e percebo que não irão embora tão cedo. Minhas observações sobre o cotidiano deste projeto de metrópole continuam as mesmas e confesso que há muito mais o que ponderar...
Seus bairros não demonstram a preocupação do cuidado em crescer e se esparramam pelas vias. Os pobres coitados se multiplicam e imploram por políticas públicas de saúde e educação, afinal não sabem o que é saneamento básico.
O centro verticaliza-se espantosamente e a construção civil espalha-se em cada quarteirão...
Observo diferenças e semelhanças desta pequena com a megametróple que é São Paulo. Caxias cresce e eu me aborreço em ver que não é mais a mesma...
Quisera eu ter as mesmas ilusões para voltar a apresentar idéias para aquele trabalho de academia que eu tanto sonhei...
Saudades do meu olhar poético sobre a cidade...
Espero ansiosamente por ainda querer redescobrir os questionamentos sobre a cidade que me viu crescer.
Quem sabe um dia, volte a ser tua pretendente a mestranda.
Por hoje, fico aqui.
Com carinho, da sua eterna aluna.