domingo, 30 de novembro de 2008

Entre o sonho e a realidade

Tomar conta dos seus próprios pensamentos. Nada poderia ser mais ridículo... Cuidar dos pensamentos pra não pensar naquele ser. Oh! Mundo cruel!
Pensava que seria mais fácil livrar-se desse sentimento, porém não. A cada dia que passava, alguma coisa dentro de si, corroía como ácido e doía. Mas como era uma dor suportável, sabia que ia ficar bem.
Os dias passavam e dividiam-se entre amaldiçoar-se ou nutrir esses pensamentos.
Viver não pode ser assim, pensava.
Não podia continuar imaginando que alguma força anormal do destino fosse fazer aquele ser aproximar-se da sua pessoa.
Então, decidira tomar conta dos seus próprios pensamentos pra valer.
A partir desse momento, até na hora de dormir, continuaria de vigia.
E desde então, o descanso não é pleno e o sono não tem mais o mesmo sabor.
Mas uma coisa é certa: nunca mais seus pensamentos ousaram fantasiar aquele príncipe encantado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Gato e rato

O mundo não é tão grande que eu nunca te encontre e que tu sempre te escondas.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Copiado do orkut de uma estranha: “Silvia living london”

“A te che sei l’unica al mondo
L’unica ragione per arrivare fino in fondo
Ad ogni mio respiro
Quando ti guardo
Dopo un giorno pieno di parole
Senza che tu mi dica niente
Tutto si fa chiaro
A te che mi hai trovato
All’ angolo coi pugni chiusi
Con le mie spalle contro il muro
Pronto a difendermi
Con gli occhi bassi
Stavo in fila
Con i disillusi
Tu mi hai raccolto come un gatto
E mi hai portato con te
A te io canto una canzone
Perché non ho altro
Niente di meglio da offrirti
Di tutto quello che ho
Prendi il mio tempo
E la magia
Che con un solo salto
Ci fa volare dentro all’aria
Come bollicine
A te che sei
Semplicemente sei
Sostanza dei giorni miei
Sostanza dei giorni miei
A te che sei il mio grande amore
Ed il mio amore grande
A te che hai preso la mia vita
E ne hai fatto molto di più
A te che hai dato senso al tempo
Senza misurarlo
A te che sei il mio amore grande
Ed il mio grande amore
A te che io
Ti ho visto piangere nella mia mano
Fragile che potevo ucciderti
Stringendoti un po’
E poi ti ho visto
Con la forza di un aeroplano
Prendere in mano la tua vita
E trascinarla in salvo
A te che mi hai insegnato i sogni
E l’arte dell’avventura
A te che credi nel coraggio
E anche nella paura
A te che sei la miglior cosa
Che mi sia successa
A te che cambi tutti i giorni
E resti sempre la stessa
A te che sei
Semplicemente sei
Sostanza dei giorni miei
Sostanza dei sogni miei
A te che sei
Essenzialmente sei
Sostanza dei sogni miei
Sostanza dei giorni miei
A te che non ti piaci mai
E sei una meraviglia
Le forze della natura si concentrano in te
Che sei una roccia sei una pianta sei un uragano
Sei l’orizzonte che mi accoglie quando mi allontano
A te che sei l’unica amica
Che io posso avere
L’unico amore che vorrei
Se io non ti avessi con me
a te che hai reso la mia vita bella da morire, che riesci a render la fatica un' immenso piacere,
a te che sei il mio grande amore ed il mio amore grande,
a te che hai preso la mia vita e ne hai fatto molto di più,
a te che hai dato senso al tempo senza misurarlo,
a te che sei il mio amore grande ed il mio grande amore,
a te che sei, semplicemente sei, sostanza dei giorni miei, sostanza dei sogni miei...
e a te che sei, semplicemente sei, compagna dei giorni miei...sostanza dei sogni miei...

A te – Jovanotti”

Carpinejar

"Querida,
Meus sapatos sujos conversaram comigo.
Antes de sair para vê-la, botei o par no meu colo e passei um minucioso pano em suas bordas, lustrei e escovei a lâmina preta de couro. Quando soprei os cadarços, recuperei um pouco da véspera das reuniões dançantes da adolescência. Alegre véspera em que me enamorava desde casa. Colocava uma fita-cassete e, de banho tomado, inspecionava minhas roupas dormindo na cama (as roupas eram irmãos menores que tinha a obrigação de acordar).
Talvez devesse usar mais sapato.
No amor, fiquei sempre entre o adiamento (evitar o encontro) e a antecipação (não pensar em outra coisa). Eu sofro mais na antecipação, mas o adiamento é mais triste.
O que me põe a sofrer, portanto, não é triste. Sofro seu preenchimento ou sua carência ou os dois juntos: uma ausência transbordada de mim.
Exercito a falta de domínio. Aliás, não sei por quem vai se apaixonar se estou me despersonalizando cada vez mais, perigosamente perto da extinção dos meus gostos e do meu estilo.
Engano pensar que o que mais dói é o que nos incomoda. O que mais dói é o que desejamos. O desejo é uma dor sem pouso. Não arrebenta na pele para repetirmos seu trajeto.
Quando amamos não somos suficientes como no dia anterior. Somos terrivelmente dependentes, confusos, mudamos os nossos horários para uma fresta, não queremos nos ocupar para permanecermos livres em caso de uma surpresa. Mexemos o braço de um corpo que já não é nosso. Atendemos ao telefone em reunião, despertamos o interesse pelos ralos e bordas e paredes manchadas.
Somos aquilo que vivíamos criticando em nossos amigos: a espera resignada por alguém. A submissão.
Só posso concluir que o amante não é tapete da sala, é capacho. Estamos mais na porta do que dentro de alguma palavra.
No amor, todos são donas-de-casa. Donas-de-casa limpando a sala, recolhendo os farelos e encerando as janelas pela transparência. Donas-de-casa disponíveis a preparar a comida, arrumar a cama, atender caprichos insanos. Vou hoje preparar biscoitos, eu que nunca ligo o fogão e não gosto deles. Para somente manter a mão funcionando e untar lentamente a fôrma. E esperar algo que não seja você. Ou esperar você de outro modo, quando finjo não esperar.
Amar é a mais grave ausência de democracia. Amar é exploração. Amar é trabalho-escravo. Não recomendo a ninguém, tampouco condeno.
Não me importo de ranger os cotovelos na mesa e de reparar os cantos com obstinação, como se fosse surgir por milagre na esquina de meu quarto. Não inspiro pena, estou agonizando com toda a saúde.
Mas o que me faria realmente sofrer é a falta de sofrimento do adiamento. Prefiro sofrer agora o que nem entendo do que entender meu sofrimento. É melhor, muito melhor.
Dependo de seu retorno para acreditar que a primeira vez - de tão perfeita - não foi minha invenção.
Beijo
F. ”

SOU UMA DONA-DE-CASA NO AMOR -
Fabrício Carpinejar - www.fabriciocarpinejar.blogger.com.br

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pensamento do dia

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa


Bem a calhar, não acham?

Amigos

Questionável este título, até porque eu procuro ser uma boa exemplar desta espécie. Eu sempre ligo no Natal, não esqueço aniversários, costumo ligar periódicamente ou até escrever emails perguntando por notícias.
É que hoje, realmente senti falta deles, dos que com o tempo me afastei e não vi mais, e também por justamente ser desleixada e não manter o contato com aqueles de "de vez em quando".
Isso aconteceu porque estou a renovar a minha agenda de telefones e nela encontro nomes daqueles que via tão seguidamente e hoje, já nem sei mais como estão.
Penso como poderia remediar esta falta de contato mas, talvez não cause efeito algum...
Sinto saudades dos momentos da faculdade, dos locais onde trabalhei, das festas que fui e me diverti... Em cada um destes lugares, conheci pessoas únicas que, bem ou mal, fizeram parte da minha história.
Incrível essa minha curiosidade em saber de cada um... talvez isso faça parte inerente de mim, eterna curiosa do mundo real...
Hoje, portanto, rendo graças àqueles que por um dia, um trabalho ou um semestre participaram da minha vida. Vocês são aqueles que contribuíram para que eu chegasse até aqui, desse jeito.
E àqueles que fazem parte daquele seleto grupo que se contam nos dedos da mão, não se esqueçam: Deus não me deu irmãos, mas me deu os amigos, para que com eles eu pudesse ver mais além, com as lentes ajustadas (como dizia uma delas), para só então perceber que a vida é uma eterna celebração de cada momento do dia após dia.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Paixão - Kleiton e Kledir

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar...

Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...

Depois do terceiro
Ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim
Nem por ninguém...

Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar...

Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar...

Tens um não sei que
De paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou...





... pra alguém que não habita neste continente

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

maldita dor

Maldita essa dor que dói na boca do estômago
maldita esta que é culpa da dúvida, da angústia
maldita aquela que dilareça o peito

maldita porque não tem razão de ser, de existir

maldita seja porque a sua dona é completamente burra
é sem noção
é totalmente sem sentido

maldita...

mas dói...

porque??????????

porque eu me penitencio e me cobro e me estresso e me boicoto e faço isso comigo mesma???????

por que? por que? por que?
por que tantas dúvidas, tanto desepero, tanta angústia?
por que não resolver mais simples, indolor, sem remorso?

por que?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Hei! Psiu!

É, você!
Você que tá me olhando com cara de paspalho!
Sim, você mesmo que chega e invade a privacidade dos meus sonhos com banca de quem veio pra ficar.
Você que toma o que não é seu, faz o que bem quer e que decide que se vai, sem remorsos.
Você que entra sem cerimônias no meu eu, faz a maior bagunça e acha que tá tudo bem.
Você que achou que tudo ia ficar por isso mesmo, sem seqüelas, sem remanescências, sem resquícios.
Sem cheiro, sem pele, sem química.
Sem toque, sem saliva, sem gosto.
Sem fluídos, sem corpo, sem sexo.
Entra, sai, entra de novo, fica, vai, sai ligeiro, penetra, rasga, foge...

Ah! Se faz tudo isso com um olhar, imagina com o resto...