segunda-feira, 30 de março de 2009

espelho, espelho meu

Olhei novamente o espelho da minha existência e nessa mirada, percebi coisas que não estavam ali da última vez: rugas, pedaços de um coração partido, sorrisos, ansiedades, esperanças, cabelos brancos...
Os dias se passam de maneira frenética e a gente tenta se agarrar a eles com uma ânsia pérfida que me enoja. Mas eu confesso que alguns deles eu queria guardar pra sempre no bolso da minha calça jeans.
Envelheço sem perceber e mantenho o espírito de menina alegre que assistia sessão da tarde e brincava de professora com meu avô.
Observo agora as rugas que me fazem mulher...
Onde foi parar o meu pote de renew?

domingo, 22 de março de 2009

Direto ao ponto (ou Memórias de um tempo não muito distante)

EU GOSTO DE HOMEM
Eu gosto de homem apaixonado, daqueles que dançam de rosto colado.
Eu gosto de homem divertido que me faça rir de coisas sem sentido.
Eu gosto de homem romântico. Não não do tipo que manda flores e fala todo melado. Gosto daquele que sem motivo me convida para ver estrelas no telhado.
Eu gosto de homem inteligente que gosta de conversar todo empolgado e saiba ficar calado.
Eu gosto de homem carinhoso e também um pouco dengoso.
Eu gosto de homem caseiro, apenas eu, ele e o travesseiro.
Eu gosto de homem tarado, que quando tu achas que a mão está aqui, já está lá lá do outro lado. Eu gosto de homem assim... se é que tu me entendes. Eu gosto de homem assim caliente.
(Ana Paula Juruena)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Amor estranho amor

Não me desminta! Eu não quero falar de nós. Os mais amarrados possíveis. Aqueles que nos uniram e que hoje são só a lembrança do que poderia ter sido então.
Não me faça de idiota! Eu não sou brinquedo, nem boneca, nem marionete. E não quero falar o que ficou entalado todo esse tempo.
Não me faça chorar! Eu não quebrei seu gelo e fiquei a imaginar todas as situações que criamos, eu e você.
Não me deixe sozinha! Eu sonhei que te fiz feliz e no meu sonho, a Terra era azul!
Não me crucifique! Eu errei e pago por todos eles, um a um, com a ilusão de, no final, continuar a te dever alguma coisa.
Me abandone! Vá embora! Se afaste de mim! Eu choro cada lágrima com o gosto de saber exatamente como não foi cada segundo.
Me deixe! Vá pra longe! Não me procure mais! Eu assumo a culpa, os erros, a falta de carinho, o descaso!
O meu destino é ver-te ir e vir, sem nunca possuir!


PS. Isso não é inspirado em ninguém, eu juro. Bom, talvez seja... Não sei... Melhor assim.